Roma, 13 de nov de 2020 às 12:00
Pe. Luigi Maccalli, missionário da Sociedade para as Missões Africanas, sequestrado durante 2 anos no Níger e libertado no dia 8 de outubro, deu uma entrevista à Rádio Vaticano Itália que foi divulgada pelo Vatican News.
Segundo explicou, seus sequestradores não foram violentos com ele. “Pelo contrário, sempre me respeitaram. Nunca recebi gestos de punição. Permitiram-me usar um pequeno rádio com o qual pude ouvir a Rádio Vaticano em ondas curtas justamente no dia de Pentecostes: era a Missa celebrada pelo Papa Francisco. Uma grande alegria num momento duro, de profunda tristeza”, assegurou.
Apesar de não ter sofrido ataques físicos e ao chegar à Itália ter passado por vários exames médicos que mostraram que estava tudo bem, o Pe. Maccalli assegurou que “a ferida que está no meu coração é invisível aos olhos. Tudo isto, porém, é transfigurado pela fé. Cada cristão tem sua cruz para carregar, mas toda cruz tem a sua Páscoa: sempre se ressuscita”.
Durante a entrevista, Pe. Maccalli também explicou emocionado como durante todo o seu confinamento nunca quis deixar de ser missionário: “Naqueles momentos, dizia a mim mesmo: os meus pés não podem caminhar, mas o meu coração não está acorrentado, o Evangelho não está acorrentado. O que posso fazer o faço com a oração, apoiando também os outros missionários que levam a Palavra de Deus à África e ao mundo. Minha condição de missionário foi apoiar com a oração todas as periferias do mundo”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) November 9, 2020